sábado, julho 17, 2004

Alemanha


   Andei 4 horas a procurar o cliente, a 2ª descarga, derivado ao simples facto que procurava Driedorf e teimava encontrar o cliente dentro de uma localidade com o nome Dierdorf, parecido não é ?, pois...mas 60 klms ao lado, é melhor não dizer mais nada...

   Quando encontrei a vila, lá no meio de umas terras, fiz a minha busca usual do endereço, placas com nome da empresa, nada;

   Este tipo de carga, que levo ( granito, marmor etc.) normalmente é descarregada em marmoristas, logo pequenas industrias, locais de difícil acesso e normalmente dentro das mesmas localidades, é bom pelo simples facto de puder apreciar e ter o comercio tradicional ali " á mão ", mas mau pelo acesso;
   
   Na continuidade da minha busca, até porque me tinham dito que o cliente esperava por mim, logo é pequena industria..., optei por começar a perguntar, e fi-lo a 3 pessoas, um velhinho que conheceu logo, não reconheceu pelo nome da rua mas sim pelo nome da empresa, depois a uma senhora que prontamente me deu mais indicações, depois a uns jovens que passavam de bicicleta e disseram-me para virar aqui a esquerda;
O.k.!
   
   Ainda bem que todos conhecem este Sr., quando cheguei ao local, estava realmente o cliente a espera, sozinho!!, e, compreendi rapidamente o porquê de tanta gente conhecer o cliente da minha descarga, nada mais nada menos o homem que faz as Campas para o cemitério.. eheheh

E não é o meu espanto, que fiquei admiradíssimo com a preocupação da qualidade, cor desenho, pormenor, variedade nos modelos cuidadosamente expostos a volta da fábrica e sei lá mais o quê, e também no investimento, com que os alemães ao morrer se preocupam.
Uma verdadeira fortuna.

   O que levava era tudo Granito, Marmor que normalmente entrego para aplicação em decoração de casas, proprietários com elevado poder económico;

   A pedra que levava era importada da Índia, lindíssima, imagina tu que desta vez era para outros fins, nunca pensei.
Conversou comigo, - o cliente - eu, todo contente ao vê-lo que me ia descarregar, começou e o meu contentamento foi-se porque descarregou somente metade!!!, a outra metade ficou para o outro dia, ás 5 da manhã, disse-me ele, agora vou para casa; até amanhã...(nesse momento eram 6 da tarde); Lá fiquei eu a guardar mais uma fabrica no meio de meia dúzia de armazéns onde existia os bombeiros sem vontade para dar uma voltinha nem nada, em suma desconsolado, eu olhava para os postes...telefone...e nada...(anda tudo subterrâneo) ehehe; Tinha tempo, lembrei-me que já há algum tempo procurava uma pedra para fazer os meus cozinhados, ou seja o tal Naco na Pedra, Yes!!

   Estava o decidido o meu menu de hoje, o local era o melhor;

   Entrei pelo terreno dentro em busca de uma pedra engraçada e densa, pode ser granito ou outra mas tem que ser densa, encontrei ao lado de uma campa que estava para restauro de uma Charlote qualquer coisa, e guardei-a, mais adiante arranjei uma de um Sr. coitadinho já igualmente falecido (também ainda não vi fazerem campas para pessoas vivas, não sei porque é que escrevi isto...) em igual circunstancias da primeira... fui lavar a louça de ontem...(isto não era para dizer, pois não ? ) Lavei e desinfectei as pedras, coloquei mãos a obra, as duas em cada boca com um bife cada...bom bife, naco de 4 cm de grosso...hum!! que apetite, esperei...

   Passados uns minutos, deparei que a Charlote era a minha pedra preferida, realmente esta Charlote era bem mais quente que a do Sr. não sei das quantas...ehehehe...macabro...


   E assim guardei a minha charlote-grelhador-on-road para próximas ocasiões.

   Eheheh
(Não te digo nada de jeito pois não ?) á alturas em que uma pessoa, e tu sabes melhor que eu, em que o melhor é ir beber uma cervejinha aqui ao lado e simplesmente, simplesmente relaxar...eu venho já...: )