sábado, outubro 16, 2004

sexta-feira, 15 de Outubro de 2004


   Ás 3 da tarde parei junto a um quiosque em Guimarães, procurava um cliente para carregar - É ali em cima a esquerda naqueles armazéns amarelos, disse um amável senhor - Depois de carregar num local que tem tudo menos ser uma zona industrial, passava novamente pelo quiosque e resolvi comprar um maço de tabaco, ao entrar e prontamente satisfeito o meu pedido, deparei com uma revista que outrora devorava e me perdia no tempo, a Grande Reportagem, por força do desenvolvimento - nunca percebi esse tipo de desenvolvimento, pois acho que veio penalizar e não favorecer - sabia que presentemente vinha agarrada a um jornal, e perguntei, - que jornal vem esta revista ?, queria leva-la; o mesmo amável senhor disse-me, pode leva-la, eu sorri, agradeci e disse: realmente vale a pena vir a Guimarães.

   Cheguei a Matosinhos, eram 17:30 e contente pela hora dirigi-me ao guichet do transitario onde iria ser o meu ultimo completar da carga e finalmente ir para casa, "home sweet, home", assim ficava arrumado;

   O chefe de armazém logo me acalmou os ânimos com a informação de que a minha carga restante ainda não estava no armazém e talvez ainda nem na fabrica estaria pronta; Fiquei doido de revolta enquanto via passar as horas sem que o meu camião estivesse pronto, vieram as 19:00, 20:00 fui jantar, peguei na oferta da revista do Sr. de Guimarães e levei-a comigo, jantei ao sabor da leitura que os meus olhos percorriam as palavras e frases escritas e por alguns momentos esqueci-me que o mundo para uns é tão perfeito e para outros é tão ingrato; Desfolhei e entre inúmeras noticias senti que as folhas perderam a qualidade, mas não as noticias, estas estavam lá com o mesmo sabor de sempre, desde o magistrado a dar informações por debaixo da porta a uma autarca foragida para o brasil, passando pelo aquecimento da terra até ao sentido e engraçado espaço da Cidália, - por sinal o nome da minha mãe - tinham passado duas horas, e, por este tempo eu consegui esquecer que o meu camião nem uma palha tinha mudado, com o agravante de uma resposta quando questionei o tal chefe de armazém, - Oh Homem, tem tempo, pela noite dentro o seu carro fica pronto - porca miséria de insuficiência mental, devem existir inocentes mongolóides com maior capacidade do que estes senhores - dirijo-me a empresa de trânsitos ALPI no Freixieiro, Matosinhos.

   Obrigada Grande Reportagem.

   São 23:45, continuo na mesma, até quando os que se intitulam grandes senhores e exigem do profissionais profissionalismo sem que eles mesmos o demonstrem ?

   Não temos de ser todos profissionais para tudo ? ou só para algumas coisas ?

   Agora para meu espanto, vejo um camião a andar sem motorista dentro, era o meu colega bloguista e de profissão o Juca....e assim melhorou o clima porque a seguir fui para o restaurante, mais um que ainda não jantou...

E assim se passa a vida de camionista, de Routier afranschizado...

Boa Noite

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