quarta-feira, janeiro 21, 2004

Paris

O Olhar de cima de um Camionista on Road ...by Europe

Hoje, descarreguei em Grigny e Villemonble, descargas somente da parte da manhã, ( horário de expediente das 5 ás 12 hrs.) mas foram impecáveis e tiraram-me tudo de cima, para surpresa minha;

No primeiro, entrei deparei logo com uma pessoa com aspecto de chefe a “mirar” o relógio, com o meu Francês ensinado nos tempos dos barcos pelo meu querido amigo Gilles Pirog de Brest, lá tentei ter um dialogo propicio para uma descarga rápida, e realmente foi o que aconteceu, no final qual foi o meu espanto, a mesma pessoa com cara de chefe fala-me na nossa língua mãe, fiquei dividido entre o estado contente e arreliado, era um Português; Bem não posso criticar e ainda bem que pelo menos se identificou contrariamente a muitos outros, para não dizer bastantes que além de não se identificarem até tem complexos do bilhete de identidade que os viu crescer, mas enfim, formas de estar, que eu aqui declaradamente condeno vivamente.

Segundo, igualmente sem espinhas, (como qualquer bom basketbolista no seu maior), com um ponto engraçado no final; ( Não, não era outro Português ) mas sim quando este se aproxima do reboque para retirar a última palette de azulejo, pura e simplesmente transformou-se num vendedor nato de perfumes que muito bem trazia pendurados no interior do seu blusão, disse-me com cara de pessoa responsável: Sabes a minha mulher trabalha nesta empresa e são muito bons, compra para a tua família, pró teu Avô, Avó, Mulher, Irmã, enfim para a família, dizia ele ao mesmo tempo que olhava para todos os lados com receio de ser despedido ou apanhado, e teimava como que a dar-me a entender se não compras não te tiro a ultima mercadoria de cima, mas nestes momentos existe uma frase chave é a tradicional “ não tenho dinheiro”.

Ufa! Consegui ficar vazio. Nem eu contava.

Montei em cima da burra e pôs-me a andar, voltas e mais voltas a procura de um “pequeno” lugar de 20 mtrs. E estou num complexo de jogos enorme que só para ir á casa de banho jà me perdi, portanto é melhor não ir... boa musica, ( HOUSE ), tem "' pistas de Bwoling, não sei quantos bilhares, setas, maquinas de simuladores uma coisa abism, discoteca, restaurante; Mesmo ao lado da A86, saída 25b o espaço chama-se ATLANTEAM, ao lado do centro comercial “La Belle Epine”, ( Epine virá de pinar ?! ) um pequeno senão é que o raio do teclado é todo diferente e eu vejo-me negro para encontrar a pontuação, (e por falar em negro lembrei-me que segurança cá dentro tem mais do que gente lá fora, todos Negros pró estilo Gôtico-porta-de-roupeiro).

Se já não sou muito famoso na escrita agora é que são elas e com tudo isto tem um espaço net, bem devia estar a dormir porque já sei onde vou carregar.

Xiça lá vem o pensamento das cargas, que coisa, pára, estás no relax, aprecia, vê, come, apalpa, bebe, ...pois isso também..., tudo menos cargas.

Pedi uma cerveja e aprecio o ambiente com estilo de D. Juan matador mal sucedido, é lógico que uma boa companhia para conversar trocar umas ideias é sempre bem-vinda até porque a cerveja ficava logo com outro sabor, mas decididamente não é o meu dia.

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